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5 de nov. de 2011

Bambu – Prós e contras


construção bambu blog usimak

Na Colômbia, os pobres constroem com bambu enquanto os mais ricos constroem com cimento. Depois do terremoto de janeiro de 1999, extensas áreas residenciais de classe média foram destruídas, mas as casas de bambu permaneceram de pé. Apesar da comprovada resistência do bambu aos terremotos, esse material não tem credibilidade como um material de construção.O bambu alcança tal resistência e altura que as plantações dessa matéria-prima podem produzir postes de até 9 metros para construir cidades inteiras. Para vencer o preconceito de que o bambu é somente para casas “pobres”, as casas na Colômbia são construídas com a mesma aparência externa que as residencias de alto nível: com paredes de arame cobertas com uma fina camada de concreto e teto de telas. A diferença é que as paredes, o primeiro piso e o teto não estão apoiados no concreto, mas sim num bambu forte e flexível, o qual resistirá a até um terremoto mais violento. O que atrai o governo é que a casa de três quartos custa 1.600 dólares, a metade de uma de concreto.
plantação bambu blog usimak

Colheita e armazenagem
Existem no mundo cerca de 600 espécies botânicas de bambu. O bambu é um plantação gigante que cresce a uma velocidade de 13 centímetros por dia. Em seis meses, medirá mais de 10 metros e alcançará a maturidade aos três anos. Em quatro ou cinco anos, o talo dessa planta, que é oco, fica suficientemente forte e resistente para suportar uma casa.
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A colheita deve ser realizada durante a temporada seca para que os troncos do bambu tenham um baixo conteúdo de umidade, o que facilita seu transporte e diminui a possibilidade de um ataque de fungos e de apodrecimento. Uma vez que é cortado, o talo volta crescer rapidamente. Devem ser coletados apenas os troncos adultos porque os jovens fornecem alimento ao bambu. É importante que não se corte muitos troncos da mesma planta, pois isso causa um dano irreparável que,a longo prazo, pode causar a morte da planta.
O bambu deve ser armazenado sob uma cobertura para se proteger da chuva e, de preferência sem encostar no solo. O solo deve estar limpo, sem lixo e livre de cupins. É fundamental que exista uma boa ventilação. Se o bambu fresco for armazenado em posição vertical estará seco em quatro semanas, e se estiver armazenado horizontalmente, demorará o dobro para secar. Se o bambu secar rápido demais, pode rachar.
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Construir com bambu
A construção com bambu é uma tecnologia bastante simples que não prejudica o meio ambiente. Nela são usados materiais locais e o bambu é retirado de uma plantação renovável de bambu próxima e se protege através de um húmus natural. Nada é desperdiçado ou importado já que os mesmos habitantes locais podem construir com bambu e defumá-lo com aparatos feitos em casa.
O bambu é um material de construção esteticamente bonito e apropriado para uma área propensa a terremotos. A estrutura do bambu mantém muito bem sua forma durante um terremoto porque é flexível e resistente. As casas de bambu podem ser atraentes, econômicas e, se bem planejadas, podem durar bastante. Em geral, o bambu é mais forte que o aço.
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Ainda que uma casa possa ser inteiramente construída com bambu (com exceção da chaminé), geralmente ele é combinado com outros materiais de construção como a madeira ou argila, dependendo de sua disponibilidade, idoneidade e custo.
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Unindo várias peças de bambu é possível construir uma estrutura grande. O bambu é cortado em seções ocas de cerca de 15 cm. Para formar um conjunto, faz-se um pequeno orifício em uma seção única que é cheia com concreto e na qual se coloca uma vareta de aço. É importante que o elo na estrutura de bambu, seja colocado na emenda ou o mais próximo possível à emenda. Essa técnica pode ser usada para suportar arcos ou tetos amplos. O cimento adiciona força sem reduzir a flexibilidade do bambu.
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Proteção do bambu
O bambu é um material ideal à prova de terremotos, mas deve ser tratado para proteção contra insetos, os quais atacam o centro do bambu, a parte que possui mais amido e açúcar. Anteriormente, só era possível proteger o bambu do ataque de insetos mediante o uso de produtos químicos caros e importados da Europa, mas agora são usadas lascas do próprio bambu para produzir um inseticida natural.
As grandes caixas onde se defuma o bambu já cortado para a construção são acesas com pedaços das plantas. Essas lascas exalam um ácido pirolítico natural que protege o bambu contra os insetos. Depois desse tratamento, o bambu será resistente aos insetos durante 100 anos.

maquina para fabricação de blocos de concreto usimak


Vantagens do bambu
” O bambu é relativamente forte e rígido
” O bambu pode ser cortado com ferramentas simples.
” A superfície do bambu é dura e limpa
” O bambu pode ser cultivado em pequena escala
” O retorno do capital é mais rápido do que se fosse usada madeira.
” As estruturas de bambu são flexíveis durante tormentas e terremotos
” O bambu pode ser usado com sucesso para reforçar um terreno deficiente, como por exemplo evitar desabamentos de terra ou para reforçar um caminho.
Desvantagens do bambu
” O bambu tem uma durabilidade natural baixa e necessita de tratamento
” O fogo representa um grande risco
” Os talos do bambu não são totalmente retos, são estreitos. As emendas estão a distâncias diferentes e podem ser importunas quando se trabalha o material.
” A normalização é praticamente impossível devido à variação dos tamanhos.

Elemento vazado oferece proteção acústica para ambientes


Os elementos vazados, blocos usados para iluminar e ventilar ambientes fechados, ganharam uma nova propriedade em pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. O estudo da arquiteta Bianca Carla Dantas de Araújo introduziu mudanças na forma dos blocos que permitem isolamento acústico semelhante ao das paredes fechadas de alvenaria. O material utilizado é o mesmo dos elementos vazados comuns, argamassa de cimento e areia.
Forma dos blocos dificulta passagem de ondas sonoras, criando isolamento acústico
Também conhecidos como “cobogós”, o elemento vazado normalmente é produzido na forma de blocos com tamanho de 15 X 20 centímetros (cm). “Seu uso é muito comum no Nordeste brasileiro”, explica a arquiteta. “Eles são utilizados para proteger da radiacão direta do sol, iluminar e ventilar ambientes naturalmente, de forma passiva (sem uso de energia elétrica), mas não possuem propriedades de isolamento acústico”.
Os blocos tiveram seu formato alterado, com a criação de pequenos desvios para a passagem do ar, de modo a dificultar a propagação das ondas sonoras por meio de fenômenos físicos, como a difração por exemplo. “A entrada e saída de ar acontece em aberturas com posições diferentes, mudando sua direção e diminuindo o nível de intensidade sonora, que também é absorvida pelo material do bloco”, relata Bianca. “Ao mesmo tempo, o formato leva a uma sobreposição de ondas sonoras construtivas e destrutivas, e a inserção de material absorvente dentro do mesmo, que também atenuam o nível de ruído”.
Na pesquisa, os cobogós testados foram produzidos em argamassa de cimento e areia, que é o material mais usado em sua confecção, ao lado da cerâmica. Seu melhor desempenho foi identificado nas médias e altas frequências. Submetido a uma frequência sonora de 800 hertz, o bloco vazado registrou uma redução máxima de 37 decibéis. “O valor é comparável ao de uma parede de alvenaria totalmente fechada, sem aberturas”, aponta a arquiteta. “Nelas a redução de ruído varia entre 40 e 45 decibéis”.
EscalaA produção do elemento vazado procurou utilizar o material mais simples disponível, reduzindo o custo dos testes e permitindo sua futura utilização em grande escala. “Buscou-se obter isolamento acústico definindo uma geometria funcional para os blocos”, descreve Bianca.
Blocos utilizam materiais simples para possibilitar produção em grande escala
“Os elementos vazados podem ser colocados nas paredes, comporem fachadas inteiras, ou apenas uma abertura, e ainda adotados como divisórias”. Os estudos deverão prosseguir com o emprego de novos materiais na produção dos elementos vazados.
“Alem da argamassa de cimento e areia, eles costumam ser feitos em cerâmica, madeira ou vidro”, conta a arquiteta. “A idéia é utilizar materiais sustentáveis, como aglomerados de fibras vegetais, como as de coco ou de cana-de-açúcar”.
O novo modelo de elemento está em fase de registro de patente, depois do qual será analisada a viabilização da produção em escala industrial. A pesquisa, apresentada na FAU em março último, teve orientação do professor Sylvio Bistafa, da Escola Politécnica (Poli) da USP, com apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Imagens cedidas pela pesquisadora
ortigem